A massa fria com Narciso no trono

O indivíduo pós-modernista é consumista, hedonista (busca do prazer como única felicidade da vida) e narcisista (vaidoso de si mesmo), se preocupando com o presente. Isso é um problema que o pós-modernismo trouxe, devido ao alto grau de sofisticação dos arsenais de sedução e domínio, obrigando o sujeito a consumir. A quantidade de informações, na maioria das vezes inúteis, estão produzindo cidadãos passivos, desmobilizados e despolitizados, meio vegetais diante da mídia, inseguros e de vontades determinadas pelas suas necessidades mais imediatas. Nesse emaranhado de informações, valores e tendências, dispersas nas mais opções oferecidas ao indivíduo, a idéia é de que o mundo está sem limites e de que o paraíso é o passageiro prazer de cada novidade do consumo.Para o pós-modernismo, só o presente conta, com a deserção da História, do político e do ideológico, do trabalho, da família e da religião. O sujeito pós-moderno é indiferente à política, não crê no valor moral nem da realização pessoal relacionada ao trabalho, está cada vez mais descrente e menos religioso. Com esse neo-individualismo, o sujeito indivíduo narcisista é atingido pela dessubstancialização do sujeito, uma falta de identidade. No mundo pós-moderno, objetos e informação são descartáveis, produzindo personalidades também descartáveis e apáticas, com os modismos tomando lugar dos grandes valores ocidentais.


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